quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vitamina D

Amigos,

minha vitamina D está 14 onde deveria ser 20 no mínimo.
Preciso tomar sol e remédios para reverter este quadro.
Sinto muito cansado e meu cabelo não cresce e cai muito.







Artigo
A deficiência da vitamina D tem importância fundamental no metabolismo
ósseo. Recentemente tem sido descrito a sua associação
com doenças não ósseas, como doenças cardiovasculares,
câncer, diabetes entre outras (1,2).
A vitamina D tem duas formas bioequivalentes: a vitamina D2 ou ergocalciferol,
presente em vegetais e suplementos orais, e a vitamina D3 ou
colecalciferol, obtida da exposição da pele ao sol, alimentos fortificados,
suplementos orais.
O conteúdo de vitamina D dos alimentos é baixo (ver quadro 1) e a
necessidade diária no adulto varia de 600 a 800UI. Muito pouca vitamina
D é detectada em verduras, frutas ou grãos. A vitamina D é absorvida no
intestino proximal e medial, num processo dependente dos sais biliares.
O cálcio, por outro lado, também é absorvido no intestino delgado e a
sua absorção é prejudicada nos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica,
mesmo aqueles com calcemia normal, e a depleção deste íon tem consequências
na arquitetura óssea.
Clinicamente, a deficiência de vitamina D pode ser assintomática.
Ela tem sido relacionada a um aumento de incidência de quedas e diminuição
de força muscular. Nesses casos, ocorre melhora com a suplementação
de vitamina D, já que ela age no músculo, facilitando o transporte
de cálcio e na célula muscular esquelética, estimulando a síntese protéica.
O diagnóstico da deficiência da vitamina D é no soro, com dosagem
da 25(OH) vitamina D ou 25(OH)D. Cerca de 40% da 25(OH) vitamina D
é derivada da conversão da pele. Alguns laboratórios conseguem dosar
Deficiência de vitamina D em
obesos e cirurgia bariátrica
Leila Araújo
Professora associada da
Universidade Federal
da Bahia, chefe do
Ambulatório de Obesidade
Grave do Hospital
Universitário (HUPES)
Quadro 1. Teor de vitamina D de alguns alimentos (1mcg= 40IU)
• Sardinha fresca (100g): 5.2 mcg
• Manteiga (1 colher): 0.45 mcg
• Leite (1 copo): 0.17 mcg
• Ovo de galinha (100g): 0.8 mcg
• Fígado de boi (100g): 1.12 mcg
• Iogurte (1 potinho): 1.2 mcg
Leila Araújo/Arquivo Pessoal
janeiro/fevereiro 2013 9
Artigo
25(OH)D2 e 25(OH)D3, o que pode auxiliar na monitorização
do tratamento. Outras dosagens que auxiliam
no diagnóstico são: a baixa calciúria, a elevação
de paratormônio, a elevação da fosfatase alcalina e a
baixa de cálcio e fósforo. A determinação da 1,25(OH)
D é desnecessária, exceto em casos especiais com disfunção
renal, pois quando existe baixa de vitamina D e
elevação do PTH, ela tende a ser normal. (3)
Laboratorialmente, os níveis normais de 25(OH)
vitamina D são de 30 a 80 ng/mL. Quando os níveis
estão abaixo de 30 e maiores que 20ng/mL
denomina-se insuficiência de vitamina D; abaixo de
20ng/mL , deficiência.
A deficiência de vitamina D em pacientes obesos
de pré-operatório de cirurgia bariátrica varia de 54 a
80%, e a elevação de PTH (paratormônio) ocorre em
25 a 48% (4,7). Essa deficiência pode estar relacionada
à ingestão inadequada, limitada exposição solar e
diminuição da bioabilidade devido sequestração pelo
excesso de tecido adiposo. Os receptores de vitamina
D são altamente expressos nos adipócitos e são responsáveis
pela ativação da 1,25-(OH)D. A vitamina D
é solúvel na gordura e é estocada no tecido adiposo.
Estudos têm demonstrado que a quantidade de
gordura corporal e o índice de massa corpórea são inversamente
correlacionados com as concentrações de
25(OH) D, especialmente em calcasianos. Os estudos
atuais mostram ligação da vitamina D com a síntese e
secreção de insulina, aumento da lipogênese e diminuição
da lipólise (2).
Houve aumento muito grande do número de cirurgias
bariátricas na última década em todo o mundo.
Isto se deve a acentuada e durável perda de peso, de
cerca de 60% na maioria dos pacientes, aliado a melhora
ou regressão das co-morbidades, incluindo diabetes,
dislipidemia, hipertensão e apneia de sono.
Os procedimentos cirúrgicos bariátricos são classificados
em obstrutivos, restritivos e mistos. O procedimento
mais utilizado atualmente é a gastroplastia
com derivação gastro-jejunal (90% das cirurgias), que
é um procedimento do tipo misto, ou seja, obstrutivo e
restritivo e que leva a distúrbios nutricionais menores
que as cirurgias restritivas mais disabsortivas (1).
Por outro lado, tem crescido a preocupação com os
distúrbios nutricionais que tem surgido no pós-operatório
em longo prazo. Um deles, é ao nível do esqueleto,
acelerando a perda óssea e aumentando a fragilidade
óssea. Osteoporose e osteomalácia podem ocorrer
em pacientes que perdem muito peso, independente
mesmo de cirurgia bariátrica, com perda de massa óssea
no colo de fêmur e coluna lombar (1).
A maioria dos estudos que avalia a perda óssea
utiliza como padrão a densidade mineral óssea obtida
pela densitometria, e mostra que mesmo a perda de
10% do peso corpóreo já leva ao aumento da perda óssea
em 1% a 2 %. Os estudos epidemiológicos sugerem
que a perda óssea é maior no fêmur que na coluna. Os
resultados dos estudos de densitometria óssea em
obesos são controversos, decorrente da heterogeneidade
dos estudos quanto à idade dos pacientes, classe
de obesidade, número de pacientes nos estudos, estado
menopausal, mudança de atividade física e uso de
suplementos alimentares pós-cirurgia. Após a cirurgia
bariátrica ocorre melhora da densidade óssea e os
estudos retrospectivos e prospectivos tem resultados
discordantes, por variações metodológicas (1).
Em um estudo com 123 obesos submetidos à cirurgia
bariátrica que foram avaliados quanto à vitamina
D e PTH antes e após um ano da cirurgia, observou-se
deficiência de vitamina D em 86% dos pacientes antes
e 70% após a cirurgia. O hiperparatiroidismo (PTH >
62pg/mL) foi observado em um terço dos pacientes.
A deficiência de vitamina D em pacientes obesos de pré-operatório
de cirurgia bariátrica varia de 54 a 80%, e a elevação de PTH
(paratormônio) ocorre em 25 a 48% (4,7). Essa deficiência pode
estar relacionada à ingestão inadequada, limitada exposição solar
e diminuição da bioabilidade devido sequestração pelo excesso de
tecido adiposo. Os receptores de vitamina D são altamente expressos
nos adipócitos e são responsáveis pela ativação da 1,25-(OH)D
10 Evidências em Obesidade
Artigo
Interessante é que eles foram tratados profilaticamente
com vitamina D, na dose de 1.200 a 2.000UI,
e cálcio, na dose de 1,2 a 1,5g por dia, no pós-operatório,
mesmo sem terem deficiência de vitamina D
ou cálcio, o que mostra que estas alterações são realmente
comuns (4).
Em uma revisão foi sugerido que em pacientes
submetidos a procedimentos de cirurgia bariátrica
seja administrada vitamina D na dose de 50.000UI/
semana, ou de vitamina D2 ou D3 durante dois ou
três meses, ou 50.000UI três vezes por semana, durante
um mês e depois diminuir a dose, conforme
parâmetros bioquímicos. A vitamina D3 atinge pico
maior que D2, mas em indivíduos vegetarianos prefere-
se a vitamina D2 (5).
A normalização pré-operatória dos níveis de cálcio,
PTH e vitamina D, bem como pós-operatoriamente, é
importante para prevenir a perda óssea, embora não
haja diretrizes específicas sobre o assunto. A dose ideal
de vitamina D nesses pacientes é difícil de determinar
porque pode haver má absorção associada (6).
Um estudo mostrou que em 15 pacientes submetidos
à cirurgia bariátrica houve redução da absorção
do colecalciferol (vitamina D3) em 25%. As
necessidades pós-cirurgia variaram de 25 a 50mil
IU para manter a 25(OH) vitamina D entre 50 e
100nmol/l. Ou seja, estimou-se uma dose de quatro
a oito vezes maior do que a suplementação de um
individuo normal (6)
O uso do cálcio concomitante, cerca de 1,5 a 2g/dia, é
interessante, uma vez que os pacientes submetidos a cirurgia,
mesmo com calcemia normal, podem ter depleção
deste íon com consequências na arquitetura óssea (3).
O seguimento deve começar quatro semanas após a
cirurgia bariátrica, com retorno a cada três ou quatro
meses e densitometria anual.
A toxidade pelo uso da vitamina D é muito rara,
descrita em indivíduos em uso de 10mil UI/dia ou
mais, mas pode ocorrer. O ajuste da dose terapêutica
ideal é feita monitorizando a 25(OH) D, calcemia, calciúria,
sinais de hipercalcemia (náuseas, obstipação) e
hipercalciúria (poliúria, litíase renal) (7).
O consenso do International Osteoporosis Foundation
sugere que o nível da 25(OH) vitamina D deva ser
mantido em torno de 30ng/ml e que sejam suplementadas
doses de até mesmo 2000UI em pacientes idosos
e de risco de fraturas (8).
Concluindo, pacientes obesos requerem especial
atenção em relação ao metabolismo ósseo, especialmente
no pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica.
Monitorizar os níveis de vitamina D, bem como cálcio
e PTH e fazer reposição adequada quando necessário,
evitando assim consequências em longo

terça-feira, 8 de setembro de 2015

VASOVAGAL



Realizei  o Tilt Test e deu positivo. 
Tenho vasovagal vasodepressora. Deveria tratar tomando 2 beta-bloqueadores
porém estes medicamentos baixam ainda mais os batimentos cardíacos e os meus
já são muito lentos. O que fazer?
- Esta é a pergunta que temos feito ultimamente. 
O meu cardiologista, Dr. Adriano Assis, optou por me avaliar durante 60 dias; 
indicou uma caminhada leve, com uma garrafa d'água sempre na mão e sempre acompanhada, 
além disto, muito isotônico e água de coco. Manter-se bem hidratada e não e cansar.

A qualidade de vida fica muito ruim. Você fica muito limitada. tem hora que tá bem,
tem hora que nem tanto, tem hora que está péssima.

Levanto e tudo roda, a vista escurece, suor frio e tremores como crise convulsiva.
Agora já aprendi que tenho que levantar as pernas ou sentar com as pernas junto ao tronco.
E a respiração é ruim. Uma falta de ar terrível.

Se não obter sucesso. Ainda existe a possibilidade de implantar marcapaço para voltar a 
ter uma vida "normal". 

Sinceramente não tenho medo. Quero mesmo é voltar as minhas atividades. 

Não sabia que esta síncope existia. O programa bem estar da globo me ajudou pois identifiquei
os sintomas e procurei ajuda médica.

Agora farei uma polissonografia para avaliar a oxigenação no cérebro enquanto durmo.

O que é o Tilt Test?
Resultado de imagem para tilt test


 
O que é Tilt Test?
O Tilt Test ou teste de inclinação é um exame complementar que procura encontrar uma causa para desmaios.
Qual a importância do Tilt Test?
Dentre os vários exames que seu médico está solicitando para esclarecer a causa do seu desmaio ou tontura, o tilt test procura detectar se o que está causando o seu desmaio é um desequilíbrio no seu sistema automático de controle de pressão (este desajuste no sistema de controle de pressão, hoje se sabe, pode ser responsável por até metade dos casos de desmaio).


Todos me perguntam se tem a ver com a bariátrica?
- Não. É congênita. 

Vamos em frente, sempre com Jesus!



quarta-feira, 22 de julho de 2015

Anemia, cálcio e cafeína.



Amigos,

Nem acredito que já passaram  3 anos e 2 meses da gastroplastia.
Algumas pessoas me procuram pra tirar dúvidas. Sempre afirmo: Ganhei qualidade de vida!
Estou praticando o pilates. Gente é uma maravilha!


Fui à uma fazenda e andei de cavalo. Nossa! Foi uma sensação maravilhosa de liberdade com o meu corpo pois a obesidade nos tira nosso poder de realizar as atividades que nos dão prazer.


Fui vovó - um amor indescritível. Ana Lívia - um presente de Deus.


Muitos me perguntam sobre a fome. Continuo comendo pouco. meu estômago cabe apenas 100ml. Saio com minha família e escolho o que quero comer. entre tantas coisas tenho que pegar um. 
Já vi neste período amigos que fizeram e voltaram a engordar e claramente não é a cirurgia que não funciona, mas a cabeça deles não mudaram. Vi alguns passar mal e comer depois.
é muito triste. A renúncia da saúde em pró da gula.

Mantive os 60kg. Fui a nutricionista pois estou com uma discreta anemia e ela me ensinou a comer muita folha verde, vitamina c, e pouquissimo cálcio. O cálcio é muito forte se você comer junto do ferro , este não é absorvido. A mesma coisa acontece com a cafeína. E eu amo café. Estou tomando apenas 1 X por dia às 17h com uma bolachinha.

Agora estou com bradicardia que não tem nada a ver com a cirurgia é genético. Vou realizar um ecocardiograma e o tilt tes para investigação de vasovagal (sincope). Sinto tonturas, fraqueza e meus batimentos e pressão caem muito. 

Mas vamos em frente sempre com Jesus!